
Rara morena beleza. Sem fios dourados caminha pelas ruas arrancando êxate de loucura.
Seus olhos contornados de vivacidade especial refletem no ambiente um brilho excepcional. É tão real sua sedução que os olhos do primeiro ficam embebidos de atração, seja amorosa, carnal ou até mesmo mentirosa, não importa. Sua beleza sempre exaltará aos ares mais distantes. Seja na terra ou em qualquer lugar fora de órbita.
Não poderia ser diferente com o segundo, que por sua vez sente-se em vantagem perante os outros. Pelo simples fato de possuir o dom da compreensão. Afinal, depois de amor e atenção, é tudo que as mulheres precisam. Serem compreendidas. E ele faz isso com tanta precisão e destreza, que acaba de fato atraindo seu coração, mas por pouco tempo. Como chuva de verão que seca sem ao menos tocar o chão.

Por fim, chega o terceiro, com ar de bom homem e porte de doutor, faz com que a sua segurança bambeie sobre seus alicerces estruturados em cadeias convincentes de razões e sentimentos mesclados dentro de uma consciência excepcionalmente especial, levando essa criatura amada por todos a questionar a possibilidade de beijá-lo. Pobre homem que apesar de tantos atributos particulares, se viu perdido diante de um olhar tão envolvente e sedutor.
Enquanto ele podia ver diante de seus olhos várias possibilidades de penetrar na sua vida, era impossível tomar qualquer atitude diante de excêntrica beleza. Até que decidiu apenas plantar a semente e ser paciente. – que o fez pensar: é preciso ser paciente e acalmar os ânimos. A semente já fora plantada.
Por, Caio Cesar de Aquino
Jorge Vercilo
Em Órbita
Quero ter você
pelo simples fato de ter tudo a ver,
não dá pra disfarçar.
Céu do bem-querer
tua boca linda, lua sobre o mar.
Decifra-me ou te devoro!
Sabe ler meu olhar
Fissura é pouco,
Eu sinto que é mais fundo que o mar
Êxtase,frênesi.
É todo meu viver
Em órbita há dias por você
Quero ter você
muito mais que um dia, eu sonhei querer.
É só você chegar
pra me enlouquecer,
brilho espontâneo de oceano e mar
e um Mediterrâneo no
azul do olhar
Ah, meu Deus!
Dislumbre é pouco, amor.
Eu digo que é mais fundo que o mar
Êxtase, frênesi.
É céu de meu viver
em órbita há dias por você
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