Acúmulo orientado de informação = Cultura
Origens: Caçadores e coletores nônamdes. Grupo Familiar;
Revolução (1ª Onda): Agricultura - fixação à terra. Vizinhança;
Evolução: Pecuária - excedentes, trocas, especialização. Aldeias;
Evolução: Comércio - moedas, artes, instituições religiosas - educacionais - militares. Cidades e estados;
Revolução (2ª Onda) Indústrial - Alta produção, acesso a bens, sistema financeiro, pesquisa C&T. Globalização Parcial;
Revolução (3ª Onda); Informação - Etapas: obtenção, distribuição, acesso, classificação (atual). Globalização Intensa (6 steps)
Ontem eu fui chamado a atenção por um amigo, cuja identidade não vem ao caso. O fato é que ele se queixou que meus textos são longos (e mais uma vez repito, críticas feitas pessoalmente não costumam ser tão eficazes.) e cansativos, levando o leitor muitas vezes a desistir de concluir tal prolixidade.
Mas como um mero aprendiz de redator publicitário, que nada mais faz, se não escrever o que lhe convém e levando em consideração, sempre o que meus amigos dizem, mudei alguns hábitos quanto à escrita, conforme ultimo post, Instante.
Entretanto... O mesmo amigo pede para eu escrever um pouco sobre criatividade e capacidade cerebral. Ora, como sintetizar tema tão subjetivo e amplo. É praticamente impossível. Portanto, desafia-se a tentar ler tudo e faça sua crítica.
Pois bem, farei o possível para não dar rodeios, meus caros. Irei sempre que possível, ser mais direto. Espero que gostem.
Digamos que eu descobri a criação um pouco tarde.
Um dia um professor de Arquitetura da Informação, disse que nós estávamos na profissão certa, na época certa. Quando afirmou e provou por A + B que a publicidade é o óleo que faz o motor da humanidade girar. É a publicidade que vende a medicina, a ciência, o esporte, a política, os políticos (Obama) e tudo que você seja capaz de imaginar, que através de uma persuasão lógica e criativa, possa ser vendido. Desde os princípios básicos Aristotélicos e/ou Dionisíacos, técnicas da persuasão, vêem se aprimorando a medida que novas mentes possuem entendimento suficiente para aplicá-las.
Isso me fez lembrar de um fato ocorrido semestre passado, quando eu estava enfrentando uma crise profissional/existencial, e perguntei pra um professor se a criatividade, ou a criação ou a capacidade de associar coisas “inassociáveis” ou até mesmo criar um Brainstorm, seria um dom, onde as pessoas nascem com essa dádiva, ou se seria possível praticar com o intuito de aprender a criar. Praticar de maneira que eu adaptasse meu cérebro ou até mesmo mudasse minha forma de pensar. Levando em consideração que as três noites anteriores, antes desse diálogo entre professor e aluno, eu havia passado as ultimas três madrugadas fazendo títulos para vender um batom da Avon -, onde na minha cabeça era totalmente possível criar um bom argumento para vender o meu conceito em apenas três dias (um professor de redação publicitária um dia me disse que era necessário escrever todos os dias pra treinar. Escrever até a barra do Word ficar com um milímetro de espessura e posteriormente, ler uma bula de qualquer remédio por dia para complementar a coesão.), sendo um completo leigo na área. E depois de dias tentando criar um bom título, digamos que eu já passava dos 600, que se relacionavam com cinco idéias diferentes. E pra variar, não cheguei no título bom. Porque indiscutivelmente, sabemos quando nossa criação é boa. Cansado de tentar fui consultar meu professor Diretor de criação, que mudou muita coisa na minha vida, quando disse que era possível qualquer pessoa aprender a criar. Mas foi bem claro quando disse também, que cada um achava seu próprio caminho, e que não existiam regras nem critérios (anteriormente estabelecidos por mim. Quando, nessas madrugadas escrevendo títulos e mais títulos, eu seguia algumas regras básicas que aprendemos no primeiro semestre - vulgo Brainstorm - que serviam mais para me atrapalhar que para ajudar). Entendendo o recado do professor, busquei algumas referências publicitárias (livros e filmes). Desde então acredito que posso dizer o que eu penso sobre criatividade. Primeiramente, esquece as regras. Esquece as cópias e concentra na capacidade que seu cérebro tem de associar as memórias e/ou bagagem cultural (universo cognitivo) com o raciocínio.
Quando digo para deixar de copiar e se atentar à sua capacidade de criação, estou falando para você usar seu cérebro. Ora, ao invés de assistir televisão, onde seu cérebro super evoluído está tendo um trabalho banal para decifrar tudo que já ta projetado na caixa de fazer louco. Experimenta ler um pouco mais. O brasileiro tem uma péssima influência literária. Talvez por isso sejamos emergentes. Ok. darei um exemplo para facilitar o uso do cérebro. Mais especificamente a associação entre o hipocampo com o córtex frontal.
Assista a um filme na sua singela televisão de plasma, com uma linda imagem projetada sob um cristal líquido. Digamos que nesse momento esteja passando um Mar, visto em primeira pessoa, um banhista molhando apenas os pés olhando a imensidão à sua frente. Mas não esqueça que seu cérebro está apenas copiando. Lembre-se que se sua televisão medir 29 polegadas, esse mar terá apenas este tamanho, com as quantidades de peixes e surfistas exatas. E poderia até mesmo existir uma gaivota voando. Pois bem, digamos que eu esteja esquecendo de algo. Ok, a grande vantagem da televisão frente aos outros veículos de comunicação é o fato desta ser audiovisual. Pois bem, pensamos então em alguma trilha aconchegante pro nosso protagonista. Mas o ponto que eu quero chegar é na abrangência do universo cognitivo quando utilizado. Imaginando, lendo ou escrevendo (exercitando), claro se você gostar. Porque a única forma de ampliar sua capacidade de associar idéias com memórias é com a leitura. Quando você assiste ou ouve você está copiando. Se visualizarmos um plano cartesiano a freqüência cerebral é baixa, diferente da leitura e da escrita, que proporciona uma reflexão em cima do que é lido. Mas a imagem visual da reflexão não é cópia. É racionalmente humana. Porque se fizermos esse mesmo exercício sem qualquer veículo de comunicação e eu pedir agora pra você visualizar esse mesmo protagonista olhando o mar a sua frente, quem manda agora é seu cérebro. Tudo relacionado ao mar e a sua conveniência levando em consideração o objetivo da sua campanha ou do produto, será lançado dentro da sua cabeça de forma acelerada. Tudo que remete ao mar, azul, biquíni, onda, surf, mulher, picolé, sol, sal, suor, futebol, etc. Tudo que sua mente for capaz de associar e intercalar em laços coerentes resultará em um grande conceito. Uma idéia central sintetizada em um conceito.
(Antes de continuar, é preciso citar alguns princípios básicos da semiótica em relação aos:
Signos lingüísticos: União de uma imagem acústica (Significante) - a um conceito (significado) - por meio de um laço arbitrário. Ex. (A palavra “árvore” - aspecto concreto sonoro – significante- e conceitual, abstrato, imagem mental - significado - Por, Ferdinand de Saussure)
Seu cérebro fará um filme dentro da sua cabeça em frações de segundos, que vão gerar um conceito, popularmente conhecido como Eureca, ou a maçã de Newton, ou a Iluminação e vários outros termos para a idéia. Esse conceito abre um leque de possibilidades para argumentações coerentes para persuadir um consumidor imune às infinidades de clichês que os rodeiam.
Ora, a criação se define em 99% de transpiração e 1% de inspiração? Acredito que sim. Não de forma tão radical. Mas acredito que o conceito de tal afirmação, é que a determinação e perseverança são condições necessárias para o processo.
Já ouvi dizer que nosso cérebro tem capacidade de armazenamento de 10 terabytes. Assim como já ouvi dizer que nosso cérebro passar por várias transformações ao longo da vida. Enquanto ele cresce na faze adulta, ele diminui ao longo do envelhecimento humano. Existem estudos feitos no cérebro de Einstein, que comprovam a alteração de sua massa encefálica. É provável que com uma boa carga de estudos, pesquisas e leitura, seu cérebro cresça dentro do crânio, até que uma vez não tendo mais para onde crescer ele se modifica de acordo com a sua necessidade intelectual. Que foi exatamente o que aconteceu com nosso amigo Albert Einstein, que através de estudos foi possível compreender o mistério da sua inteligência e da dignidade humana. Afinal era uma pessoa de simpática simplicidade, segundo testemunhos fraternos. E diante dessa curiosidade eu pergunto. O cérebro tem um limite de capacidade? Digamos que não necessariamente.
"Digamos que a fase criativa do cérebro está diretamente ligada à idade.
A partir dos 22 anos a velocidade de raciocínio, a visualização espacial e a capacidade de estabelecer conexões lógicas entre os fatos se encontram no auge.
De fato, a maioria das grandes descobertas matemáticas foi feita por cientistas com menos de 27 anos: Albert Einstein publicou a Teoria da Relatividade aos 26.
O americano James Watson descobriu a estrutura do DNA aos 25, John Nash, seu conterrâneo, revisou a Teoria dos jogos de maneira definitiva aos 22.
Após os 27 anos o raciocínio começa a ficar mais lento, embora não menos exato, e a visualização espacial já não é tão boa. Perto dos 40 anos, a memória entra em declínio. É a fase mais produtiva da vida dos artistas. Com objetivos claros e domínio da técnica, eles podem consolidar sua obra.
Ludwig van Beethoven compôs a Nona Sinfonia aos 54 anos.
Pablo Picasso pintou Guarneça, uma de suas obras mais conhecidas, aos 56.
Aos 60 anos A capacidade de acumular conhecimentos entra em declínio. Mas é na maturidade que os escritores têm sua melhor fase (Um dia eu chego lá).
Machado de Assis escreveu Dom Casmurro, sua obra mais intrigante, aos 60 anos
O inglês Alfred Hitchcock dirigiu uma dezena de filmes depois dos 60 anos, entre eles os clássicos Os pássaros e Psicose.
Fragmentos extraídos da revista Veja. Ano 42 - 21 de outubro de 2009"
Portanto, meu caro amigo, acredito que estamos progredindo e que à medida que nosso entendimento supera o senso-comum, a maquina (cérebro) mais eficiente do mundo evolui da mesma forma. Agora nos basta apenas otimizarmos nosso tempo, conforme habilidade cerebral e ver o que acontece num futuro bem próximo.
Por, Caio Cesar de Aquino
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