segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Compartilho com vocês uma lista de reflexões que adotei em minha vida.
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte..
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Independentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente.
Por, Caio Cesar de Aquino
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Job sweet job
Mire nosso povo nestas fotos do MDS.
O povo brasileiro.
Escrevo para compartilhar minha alegria e emoção pela parcela de contribuição dada por nós da SESAN para ver a dignidade e a esperança na vida de cada brasileiro, tão bem estampada nestas fotos.
Milhares de pessoas e de famílias pobres da cidade e do campo, graças ao nosso trabalho, tiveram motivos para encontrar dignidade e esperança na luta cotidiana pela vida.
Parabéns pelas vitórias conquistadas em 2009. Sei, foi fruto da dedicação, comprometimento e competência de cada servidor da Secretaria.
Desejo à todos os trabalhadores e trabalhadora da SESAN um feliz 2010!
Desejo para você e sua família muita paz e amor.
Para iniciarmos o novo ano, gostaria de transmitir meu abraço forte e fraterno,
E, mais uma vez, muito obrigado por tudo.
Viva 2010!
Crispim Moreira
Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
São por essas mudanças de paradigmas que eu persevero e me dedico todos os dias. E assim, ajudar a construir um País melhor e mais justo.
Por, Caio Cesar de Aquino
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Ler e Prazer

Nietzsche estava certo: “De manhã cedo, quando o dia nasce, quando tudo está nascendo – ler um livro é simplesmente algo depravado...” É o que sinto ao andar pelas manhãs pelos maravilhosos caminhos da Fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas. Procuro esquecer-me de tudo que li nos livros. É preciso que a cabeça esteja vazia de pensamentos para que os olhos possam ver. Aprendi isso lendo Alberto Caeeiro, especialista inigualável na difícil arte de ver. Dizia ele que “pensar é estar doente dos olhos...” Mas meus esforços são frustrados. As coisas que vejo são como o beijo do príncipe: elas vão acordando os poemas que aprendi de cor e que agora estão adormecidos na minha memória. Assim, ao não pensar da visão une-se o não pensar da poesia. E penso que o meu mundo seria muito pobre se em mim não estivessem os livros que li e amei. Pois, se não sabem, somente as coisas amadas são guardadas na memória poética, lugar da beleza. “Aquilo que a memória amou fica eterno”, tal como o disse a Adélia Prado, amiga querida. Os livros que amo não me deixam. Caminham comigo. Há os livros que moram na cabeça e vão se desgastando com o tempo. Esses, eu deixo em casa. Mas há os livros que moram no corpo. Esses são eternamente jovens. Como no amor, uma vez não chega. De novo, de novo, de novo...
Um amigo me telefonou. Tinha uma casa em Cabo Frio. Convidou-me. Gostei. Mas meu sorriso entortou quando ele disse: “Vão também cinco adolescentes...” Adolescentes podem ser uma alegria. Mas podem ser também uma perturbação para o espírito. Assim, resolvi tomar minhas providências. Comprei uma arma de amansar adolescentes. Um livro. Uma versão condensada da Odisséia, as fantásticas viagens de Ulisses de volta à casa, por mares traiçoeiros...
Primeiro dia: praia; almoço; sono. Lá pelas cinco os dorminhocos acordaram, sem ter o que fazer. E antes que tivessem idéias próprias eu tomei a iniciativa. Com voz autoritária dirigi-me a eles, ainda sob o efeito do torpor: “Ei, vocês... Venham cá na sala. Quero lhes mostrar uma coisa...” Não consultei as bases. Teria sido terrível. Uma decisão democrática das bases optaria por ligar a televisão. Claro. Como poderiam decidir por uma coisa que ignoravam? Peguei o livro e comecei a leitura. Ao espanto inicial seguiu-se silêncio e atenção. Vi, pelos seus olhos, que já estavam sob o domínio do encantamento. Daí para frente foi uma coisa só. Não me deixavam. Por onde quer que eu fosse, lá vinham eles com a Odisséia na mão, pedindo que eu lesse mais. Nem na praia me deram descanso.
Essa experiência me fez pensar que deve haver algo errado na afirmação que sempre se repete de que os adolescentes não gostam da leitura. Sei que, como regra, não gostam de ler. O que não é a mesma coisa que não gostar da leitura. Lembro-me da escola primária que freqüentei. Havia uma aula de leitura. Era a aula que mais amávamos. A professora lia para que nós ouvíssemos. Leu todo o Monteiro Lobato. E leu aqueles livros que se lia naqueles tempos: Heidi, Poliana, A ilha do tesouro. Quando a aula terminava era a tristeza. Mas o bom mesmo é que não havia provas ou avaliações. Era prazer puro. E estava certo. Porque esse é o objetivo da literatura: prazer. O que os exames vestibulares tentam fazer é transformar a literatura em informações que podem ser armazenadas na cabeça. Mas o lugar da literatura não é a cabeça: é o coração. A literatura é feita com as palavras que desejam morar no corpo. Somente assim ela provoca as transformações alquímicas que deseja realizar. Se não concordam, que leiam Guimarães Rosa que dizia que literatura é feitiçaria que se faz o sangue do coração humano.
Quando minha filha estava sendo introduzida na literatura o professor lhes deu como dever de casa ler e fichar um livro chatíssimo. Sofrimento dos adolescentes, sofrimento para os pais. A pura visão do livro provocava uma preguiça imensa, aquela preguiça que Barthes declarou ser essencial à experiência escolar. Escrevi carta delicada ao professor lembrando-lhe que Borges havia declarado que não havia razão para se ler um livro que não dá prazer quando há milhares de livros que dão prazer. Sugeri-lhe começar por algo mais próximo da condição emotiva dos jovens. Ele me respondeu com o discurso de esquerda, que sempre teve medo do prazer: “ O meu objetivo é produzir a consciência crítica...” Quando eu li isso percebi que não havia esperança. O professor não sabia o essencial. Não sabia que literatura não é para produzir consciência crítica. O escritor não escreve com intenções didático-pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta, ou são de vida longa e tediosa... Parodiando as palavras de Jesus “nem só de beijos e transas viverá o amor mas de toda palavra que sai das mãos dos escritores...”
E foi em meio a essas meditações que, sem que eu o esperasse, foi-me revelado o segredo da leitura... Mas o espaço acabou... O jeito é deixar para o próximo mês...
Por, Caio Cesar de Aquino
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Menos Desigualdade - Delfim Netto
Talvez o presidente possa voltar a usar, num dos próximos programas radiofônicos, um de seus bordões preferidos, o " nunca antes na história deste País", sem risco de menosprezo, ao se referir a esses resultados que acentuam a melhora do bem-estar do conjunto da população. O Brasil já teve períodos de maior crescimento do PIB (anos 1955 a 1975, quando a taxa média anual superou 6%), com susbstancial criação de empregos, mas sem redução significativa das desigualdades de renda entre as pessoas ou regiões, ao mesmo tempo. Em certos momentos, no passado não muito recente, o crescimento acelerado até aumentou a concentração de renda, com todas as pessoas melhorando de situação, mas algumas coisas que outras.
Os dados levantados na pesquisa do Pnad confirmam o sucesso dos programas sociais implementados e/ou expandidos no governo Lula. O caomate à fome, com o atendimento do Bolsa Família a 15 milhões de pessoas situadas nos estratos mais pobres da população, é um êxito inegável, reconhecido internacionalmente. Os efeitos dos programas sociais, que certamente são mais bem administrados do que no passado, estão refletidos nos resulltados que comprovam a variação positiva do índice de Gini. O trabalho do IBGE aponta a redução das desiguladades de renda entre as pessoas em todo o País, mais notadamente nas regiões que menores oportunidades de trabalho ofereciam aos brasileiros.
A divulgação da pesquisa ganha importância num instante em que se procura diminuir o papel do Estado como indutor de políticas de desenvolvimento econômico e se contesta a validade dos programas que visam atuar diretamente para melhorar a disitribuição da renda dos brasileiros. Desde o início, em seu primeiro mandado, o presidente Lula colocou como objetivo central das políticas de governo (conforme está registrado no texto da Carta aos Brasileiros) o combate à pobreza e recuperação do crescimento econômico. Deixou claro que não iria rever privatizações ou se disgladiar com as forças do "mercado", mas que não abriria mão de agilizar os investimentos públicos com vistas à recuperação do crescimento ecnonômico e à criação de novos empregos
A verdade é que ele soube utilizar a sua qualidade de grande negociador para superar a desconfiaça inicial dos setores importantes do empresariado, que hoje recenhecem a sua liderença e a capacidade de sustentar o objetivo do crescimento. Até o setembro negro de 2008, a economia brasileira vinha crescendo a um ritmo que não se via há pelo menos duas décadas, com uma expansão anual do PIB próxima de 7%, nível que alcançaria com toda a certeza até o fim daquele ano e se repetiria no atual, em ritimo crescente.
É fato que a postura no tratamento da crise (que bloqueou num curto prazo o crescimento acelerado do nosso PIB) aumentou o reconhecimento quanto à capacidade do governo de enfrentar os problemas importados do exterior. Não se encontra hoje quem ponha em dúvidas que as reações do presidente foram decisivas para afastar o pânico nos momentos iniciais e, depois, na adoção dos estímulos para manter a atividade econômica com um desgaste mínimo em termos de redução da produção e perdas de postos de trabalho.
Sextante Antonio Delfim Netto - CARTACAPITAL | 30 DE SETEMBRO DE 2009 - Página 51