Que na verdade nada tinham de inocentes, apenas o aparentavam à primeira vista.
Iniciou cedo sua trajetória romântica. Sempre fez com que seus ouvidos se cansassem de escutar aquilo que lembrava à amada.
Diante de tantas desilusões amorosas, resolveu blasfemar ao seu criador e seguir com entusiasmo egoísta. Aos poucos foi aprendendo a lidar com esse lado sedutor da vida. Sedutor e ao mesmo tempo ilusório, uma vez que tudo que seduz, apenas incha momentâneamente, como perfume de Jasmim que não dura mais que uma noite.
Uma vez que seu corpo se se tornou dependente de tanto prazer, ele somou a carga de experiência amorosa vivida com a razão presente em sua consciência, e fez disso uma arma contra lindas mocas, que não entendiam sua linguagem. Apenas eram levadas pelo doce de suas palavras. Ao mesmo tempo em que eram frases meigas, eram também pecaminosas, seus passos eram precisos, criando um contraste de interpretações resultando em clara e plena eficácia: o beijo.
O mais almejado de toda a noite, pois à ele nada valia mais, que o sabor de uma boca carnuda para aflorar uma nova paixão.
Por, Caio Cesar de Aquino
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