Está emocionalmente estável, com a cabeça centrada e o auto controle ajustado às circunstancias externas. Ninguém fala com ele, ele não fala com ninguém.
Antes disso. Quando voltava do almoço lhe veio à mente um sentimento que gerou uma forte emoção, com ar de liberdade. A coragem estava ali. Junto com ele. Mas o julgo também o perseguia. Temia o julgamento do seu primo, no momento em sua companhia e das pessoas.
Ele a viu lá de fora, assim como ela o viu. Porém ao passar na sua frente ela virou o rosto impossibilitando sua chegada árdua, que era mais uma jornada do que uma chegada, pois até aquele momento era só ele se perguntando a ele mesmo, com um pouco de medo do julgo próprio e da reação dela, sutilmente inconsciente. Um conflito interno.
Não desistiu aí. Pois está de volta. Ele pode ver a liberdade, sabe como acessá-la e como perdê-la. Pensou novamente dentro de si e disse: “vou descer daqui a pouco pra falar com ela, afinal estou livre”. Mas não foi tão simples assim. Sua mente não parava de pensar em falar com ela. Ele pensa dessa forma sentado em sua mesa de trabalho, com fortes dores na “boca do estomago” por estar perdendo um pouco da coragem que o atingia há pouco tempo.
Ao sentar-se à mesa para corrigir algumas notas, foi como um gatilho. Veio-lhe à mente: “daqui a pouco eu vou falar com ela”. Nesse momento ele sentiu um tiro saindo do meio do seu peito indo em direção ao seu estomago e se alojando lá a medida em que respirava. O tiro fez com que o coração disparasse, as pernas tremessem e a coragem e inspiração lhe veio.
Ele queria poder tentar. O que ele mais quer é tentar. Mas seus dedos tremem de pensar. e se a única alternativa que lhe resta é catalisar o coração bombeando pelas mãos, enquanto o pulso pulsa, assim o fará.
Por, Caio Cesar de Aquino
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