terça-feira, 29 de setembro de 2009

Os estatutos do Homem (Ato institucional permanente)

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que, sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.


por Thiago de Mello, poeta, tradutor, escritor, jornalista, artista gráfico e roteirista.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Menos Desigualdade - Delfim Netto

É inegável a melhora da qualidade de vida dos brasileiros no atual governo. Os dados antes esparsos dessa mudança, estão agora reunidos e foram revelados com a divulgação no fim da semana passada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), pelo IBGE, que cobre todo o País e abrange praticamente o período de governança do presidente Lula. Os resultados impressionam, na medida em que convergem de forma consitente para mostrar que, simultanamente, de 2004 aos dias de hoje: 1. A desigualdade social diminuiu. 2. O rendimento médio dos trabalhadores assalariados aumentou. 3. O número de pessoas desempregadas em todo o País caiu, derrubando a taxa de desocupação para o seu mais baixo nível desde 2003. 4. As desigualdades de renda entre as regioes brasileiras também estão em queda.

Talvez o presidente possa voltar a usar, num dos próximos programas radiofônicos, um de seus bordões preferidos, o " nunca antes na história deste País", sem risco de menosprezo, ao se referir a esses resultados que acentuam a melhora do bem-estar do conjunto da população. O Brasil já teve períodos de maior crescimento do PIB (anos 1955 a 1975, quando a taxa média anual superou 6%), com susbstancial criação de empregos, mas sem redução significativa das desigualdades de renda entre as pessoas ou regiões, ao mesmo tempo. Em certos momentos, no passado não muito recente, o crescimento acelerado até aumentou a concentração de renda, com todas as pessoas melhorando de situação, mas algumas coisas que outras.

Os dados levantados na pesquisa do Pnad confirmam o sucesso dos programas sociais implementados e/ou expandidos no governo Lula. O caomate à fome, com o atendimento do Bolsa Família a 15 milhões de pessoas situadas nos estratos mais pobres da população, é um êxito inegável, reconhecido internacionalmente. Os efeitos dos programas sociais, que certamente são mais bem administrados do que no passado, estão refletidos nos resulltados que comprovam a variação positiva do índice de Gini. O trabalho do IBGE aponta a redução das desiguladades de renda entre as pessoas em todo o País, mais notadamente nas regiões que menores oportunidades de trabalho ofereciam aos brasileiros.

A divulgação da pesquisa ganha importância num instante em que se procura diminuir o papel do Estado como indutor de políticas de desenvolvimento econômico e se contesta a validade dos programas que visam atuar diretamente para melhorar a disitribuição da renda dos brasileiros. Desde o início, em seu primeiro mandado, o presidente Lula colocou como objetivo central das políticas de governo (conforme está registrado no texto da Carta aos Brasileiros) o combate à pobreza e recuperação do crescimento econômico. Deixou claro que não iria rever privatizações ou se disgladiar com as forças do "mercado", mas que não abriria mão de agilizar os investimentos públicos com vistas à recuperação do crescimento ecnonômico e à criação de novos empregos

A verdade é que ele soube utilizar a sua qualidade de grande negociador para superar a desconfiaça inicial dos setores importantes do empresariado, que hoje recenhecem a sua liderença e a capacidade de sustentar o objetivo do crescimento. Até o setembro negro de 2008, a economia brasileira vinha crescendo a um ritmo que não se via há pelo menos duas décadas, com uma expansão anual do PIB próxima de 7%, nível que alcançaria com toda a certeza até o fim daquele ano e se repetiria no atual, em ritimo crescente.

É fato que a postura no tratamento da crise (que bloqueou num curto prazo o crescimento acelerado do nosso PIB) aumentou o reconhecimento quanto à capacidade do governo de enfrentar os problemas importados do exterior. Não se encontra hoje quem ponha em dúvidas que as reações do presidente foram decisivas para afastar o pânico nos momentos iniciais e, depois, na adoção dos estímulos para manter a atividade econômica com um desgaste mínimo em termos de redução da produção e perdas de postos de trabalho.

Sextante Antonio Delfim Netto - CARTACAPITAL | 30 DE SETEMBRO DE 2009 - Página 51




O brilho das águas iluminam pensamentos de poesias maviosas, que revelam paixões.















Quero acordar colado ao seu lado sentindo seus traços
Poder acordar e sentir a atmosfera da sua essência
Quero poder sentir de novo e saciar sua carência
E depois poder desfrutar o sabor dos seus lábios

Mas como posso usufruir de tanta beleza
Quando passa por mim no corredor
Se nem mesmo sei expressar com boa clareza

O que eu sinto ao ver uma flor repleta de esplendor
Que impõe limite na minha imaginação
Para viver um grande amor

É o amor é delicado e demanda muita concentração
Mas enquanto não chegamos lá
Vamos viver essa atual emoção
Confiando em nossas experiências errantes
E almejar o melhor para vivermos em paz constante

Por, Caio Cesar de Aquino

É sua Fernanda. Pertence exclusivamente a ti.

Perfume de rosa, rosa como a boca,
Forte como a forca, não com tanta força
Mas com ar de moça. Cheirosa, vaidosa,
Frágil como a rosa, mas forte como a corda.

Resquícios de dor, do jeito que for com pouco furor
Sem amor torna-se apenas vapor
Mas com ar de garota. amorosa, dengosa,
sensível como a flor, ingênua por amor.

Por, Caio Cesar de Aquino

Um ciclo saudável. Que agrada o espírito e sacia o vício.

A amizade duradoura funciona assim:
Sacia nossas almas ansiosas e preenchem
Com exuberância e contentamento
Nossas dádivas históricas

O pulso ainda pulsa.

Conheceram-se por pura coincidência
Contagiaram-se por mútua dependência
Separaram-se por triste conveniência e
Reencontraram-se por sabobtar a ausência.

domingo, 27 de setembro de 2009

Guaraná Antarctica - Quer beber o quê?

Em breve, postarei as fotos com alta resolucao.

Sutil e completo.

Rachel

Uma verdadeira amizade brilha como a claridade do Sol a pino. Mas o que a torna eterna na verdade, é a fé presente nela. Superior à carne e ao ódio. Um beijo querida. Aonde você preferir.

Por, Caio Cesar de Aquino

O mundo gira no sentido Anti-horário.

Pessoas aparecem em nossas vidas e somem repentinamente, da mesma forma que chegam. É importante regar as amizades, o mundo da tantas voltas. Nós precisamos de amigos. O relacionamento submete o ser humano à questionamentos, que de outra forma, não seria vivido. É importante, nem que seja pra falar sobre futebol ou sobre amor. É importante pedir opiniões, nossas experiencias próprias, são insuficientes, o que não quer dizer que precisamos comprar conselhos de todos. Mas é preciso acharmos uma maneira de ficar no mundo pra sempre. Primeiramente fazendo filhos. Em segundo, fazendo amigos. A cada esquina, a cada parada em qualquer lugar. Faz parte. São anjos em nossas vidas. Mas tudo acaba no instante em que a realidade bate na porta e transforma toda a convivência em saudade. Mas o mais importante, foi o aprendizado.

Por, Caio Cesar de Aquino

O amor pode ter várias faces

Que amor é esse, que sufoca e desatina,

Mas que ouve e te alivia.

Que queima durante a noite

Mas esfria ao início do dia.


Que forma de amar é essa.

Que fere ao mesmo tempo em que cura

Mas logo depois valoriza a amargura.

Que abraça o excesso de carência

Mas afasta o desejo da querência.


É um amor de contrários

Que foge aos princípios básicos

De como amar um coração raso,

Cheio até as bordas, que almeja

Por certezas valiosas pra encontrar

A pureza de amor desabrochado.


Por, Caio Cesar de Aquino